Qual a situação profissional dos(as) egressos(as) de
Engenharia Física do Brasil?
Motivação
Como não havia muitas informações disponíveis a respeito da situação profissional dos(as) egressos(as) dos cursos de Engenharia Física do Brasil, decidimos realizar um levantamento de dados, através de um questionário aplicado a Engenheiros(as) Físicos(as) formados em universidades de todo o país.
Esse levantamento tem como objetivo a caracterização do estado profissional dos(as) diplomados(as) em Engenharia Física no Brasil, no intuito de incentivar mais jovens pré-universitários a conhecerem o curso.
Distribuição dos respondentes por universidade
No total, participaram da pesquisa 116 graduados(as) como Bacharel em Engenharia Física de todas as universidades brasileiras que possuem egressos(as), são elas:
A porcentagem de egressos(as) respondentes em relação ao total é de aproximadamente 21%.
As figuras abaixo representam a localização das universidades citadas acima e o percentual de respondentes por instituição.
Distribuição geográfica dos(as) profissionais de Engenharia Física
A partir dos dados obtidos, observamos que a maioria dos respondentes atuam no Brasil, enquanto uma pequena parcela atua no exterior. No Brasil, o estado de São Paulo apresenta a maior concentração de profissionais.
Os mapas abaixo representam a distribuição geográfica dos(as) Engenheiros(as) Físicos(as) por país, estado e cidade (interativo).
Área de atuação dos(as) profissionais de Engenharia Física
O curso de Engenharia Física busca formar profissionais multiespecialistas capazes de atuar em diversas áreas que envolvem tecnologias emergentes. Os dados coletados na pesquisa reforçam que, de fato, há múltiplas áreas de atuação nas quais os(as) Engenheiros(as) Físicos(as) estão atuando. Contudo, fica evidente que a área da computação (hardware e software) se destaca em relação as demais, já que cerca de 25% dos respondentes atuam nesse setor.
O gráfico abaixo representa o percentual de respondentes por área de atuação.
Diferenciais do(a) profissional de Engenharia Física
Os dados da pesquisa apontam que a maioria dos(as) respondentes destacou como diferencial do(a) Engenheiro(a) Físico(a) a capacidade de aprendizado, adaptação e autossuficiência do(a) profissional. Esse resultado se alinha com os objetivos do curso, que visa formar um(a) profissional com conhecimento aprofundado em Física, Matemática e Métodos Computacionais, o que permite uma melhor adaptação a novas tecnologias.
O gráfico abaixo representa os possíveis diferenciais do(a) Engenheiro(a) Físico(a) e o percentual de respondentes que os indicaram.
Fontes de renda dos(as) profissionais de Engenharia Física
Os dados obtidos na pesquisa indicam que uma parcela significativa dos respondentes obtém sua fonte de renda trabalhando em empresas privadas e/ou fazendo pesquisa científica (mestrado, doutorado, outro). Cerca de 22% dos profissionais possuem mais de uma fonte de renda. Além disso, uma pequena parcela não possui fonte de renda própria (5,2%). Sendo assim, foi necessário construir dois gráficos distintos. Em um deles não há distinção entre os profissionais que possuem mais de uma fonte, ou seja, há sobreposições. No outro, essa distinção é evidenciada, ou seja, não há sobreposições.
Faixas de renda (média mensal) dos(as) profissionais de Engenharia Física
Na pesquisa, também buscou-se obter dados da renda salarial média dos(as) Engenheiros(as) Físicos(as). Observando o gráfico abaixo, fica evidente a grande parcela de egressos respondentes que possuem renda mensal maior que 3 salários mínimos (48%), enquanto uma parcela considerável recebe menos de 3 salários mínimos (47%). O valor equivalente a 1 salário mínimo utilizado foi de R$ 1045,00.
Considerando esses resultados, buscamos relacionar a renda média mensal com alguns outros fatores, na tentativa de encontrar padrões.
O gráfico abaixo apresenta a relação entre a faixa de renda média mensal e o tempo após a formação. Assim, é possível notar que egressos formados há menos de 3 anos possuem uma menor renda média mensal, quando comparados aos mais experientes. Observamos, portanto, que essa faixa salarial tende a aumentar com o passar dos anos.
Outra relação estabelecida foi entre a renda média mensal e a fonte de obtenção da mesma. No gráfico abaixo, é possível notar que os(as) profissionais que possuem empresa própria recebem, em média, mais de 10 salários mínimos. Além disso, observamos que 2/3 ou mais dos(as) que realizam pesquisa cientifica, trabalham de autônomos ou como professores ganham até 3 salários mínimos. Enquanto cerca de 70% dos que trabalham em empresa privada ganham mais de 3 salários mínimos.
